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O dilema dos investidores do PREVI FUTURO

O surgimento de 12 novos perfis de investimento para o PREVI Futuro, anunciada pelo Diretor de Investimentos, reforça a posição da PREVI como referência em inovação na gestão de planos CV. Em oposição, essa mudança também transfere ao associado maior responsabilidade nas seleções durante a fase de acumulação, exigindo escolhas em linha com o seu perfil e a sua estratégia.

O problema é que muitos associados, na busca por maiores ganhos ou na tentativa de evitar perdas, têm alterado frequentemente seus perfis de investimento, o que sugere que a maioria dos investidores individuais acaba sendo perdedora líquida ao longo do período de acumulação. Estudos mostram que a maioria toma decisões irracionais, especialmente em momentos de volatilidade, quando a resiliência e a disciplina seriam mais eficazes do que mudanças impulsivas na estratégia.

O histórico global mostra que participantes de planos CD e CV frequentemente adotam estratégias de diversificação ingênuas, influenciadas pelo menu dos planos de pensão. A aversão à perda os torna mais suscetíveis a vieses cognitivos, como confiar em terceiros ou seguir o efeito manada. A mídia, o círculo social e os chamados “surfistas de manchetes” e os “profetas do passado” funcionam como atalhos mentais, levando a decisões equivocadas, muitas vezes baseadas na lógica de investimentos individuais, sem considerar as premissas do sistema previdenciário complementar.

A ampliação das opções de perfis, em muitos casos, tem gerado mais desafios do que benefícios, evidenciando a necessidade de um reforço na alfabetização e sobrevivência financeira, e no desenvolvimento da capacidade de tomada de decisão dos participantes. Uma alternativa em escala deve contemplar a aplicação de nudges, pequenos “empurrãozinhos” integrados ao próprio APP, que têm o potencial de personificar e orientar os participantes de forma sutil e eficaz, incentivando escolhas mais conscientes e alinhadas aos seus objetivos financeiros de longo prazo.